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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Pesquisadores produzem primeiro embrião de ovino em Petrolina, PE

Primeiro embrião ovino produzido in vitro do Vale do São Francisco (Foto: Thaís Souza/Arquivo pessoal)

Após cinco tentativas, foi criado o primeiro embrião de ovino pela Universidade Federal do vale do São Francisco (Univasf). A constatação foi feita pela pesquisadora de mestrado, Thaís Thatiane dos Santos Souza, no sábado (6).

A pesquisa já acontece há cerca de dois anos e tem como objetivo o melhoramento genético dos ovinos a partir da inserção de duas vitaminas: vitamina 'E' e a cafeína. “Apesar desta técnica já ser feita em todo o mundo, demos um grande passo, pois na nossa região ela é a primeira”, afirmou o professor-orientador da Pesquisa Biotecnologia da Reprodução Animal do Vale do São Francisco (Bravasf), Edilson Soares.

Como a técnica é voltada para o melhoramento genético, o foco da pesquisa é em animais de exposição. “Hoje esta técnica é mais voltada para os grandes produtores porque a gente trabalha com animais de genética superior, que são os animais de elite. Neste caso, trabalhamos para melhorar estes animais com características, por exemplo, de adaptação ao clima”, explicou a mestranda Thaís Thatiane dos Santos.

A técnica de produção de embriões de ovinos é desenvolvida em duas etapas: a maturação 'in vitro' de óvulos e a fecundação 'in vitro' deste óvulos. A pesquisadora foi para Fortaleza, CE, para conhecer a técnica e poder utilizá-la na Univasf. Thaís explica que 24 horas após a coleta de ovário, é feita a fertilização e somente 18 horas depois deste procedimento é observada se houve a fecundação.


Segundo o professor Edilson Soares , uma proposta que está sendo estudada, e deve ser implantada na Univasf, é a utilização da tecnologia na preservação de algumas espécies resgatadas na caatinga, principalmente, nas áreas de transposição do Rio São Francisco. “Muitas vezes os pesquisadores que trabalham com a coleta destes animais aqui na universidade já encontram muitos destes animais quase mortos e que acabam morrendo”, ressaltou o professor Edilson.(G1)

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