Após cinco tentativas, foi criado o
primeiro embrião de ovino pela Universidade Federal do vale do São Francisco
(Univasf). A constatação foi feita pela pesquisadora de mestrado, Thaís
Thatiane dos Santos Souza, no sábado (6).
A pesquisa já acontece
há cerca de dois anos e tem como objetivo o melhoramento genético dos ovinos a
partir da inserção de duas vitaminas: vitamina 'E' e a cafeína. “Apesar desta
técnica já ser feita em todo o mundo, demos um grande passo, pois na nossa
região ela é a primeira”, afirmou o professor-orientador da Pesquisa
Biotecnologia da Reprodução Animal do Vale do São Francisco (Bravasf), Edilson
Soares.
Como a técnica é voltada para o
melhoramento genético, o foco da pesquisa é em animais de exposição. “Hoje esta
técnica é mais voltada para os grandes produtores porque a gente trabalha com
animais de genética superior, que são os animais de elite. Neste caso,
trabalhamos para melhorar estes animais com características, por exemplo, de
adaptação ao clima”, explicou a mestranda Thaís Thatiane dos Santos.
A técnica de produção
de embriões de ovinos é desenvolvida em duas etapas: a maturação 'in vitro' de
óvulos e a fecundação 'in vitro' deste óvulos. A pesquisadora foi para
Fortaleza, CE, para conhecer a técnica e poder utilizá-la na Univasf. Thaís
explica que 24 horas após a coleta de ovário, é feita a fertilização e somente
18 horas depois deste procedimento é observada se houve a fecundação.
Segundo o professor
Edilson Soares , uma proposta que está sendo estudada, e deve ser implantada na
Univasf, é a utilização da tecnologia na preservação de algumas espécies
resgatadas na caatinga, principalmente, nas áreas de transposição do Rio São
Francisco. “Muitas vezes os pesquisadores que trabalham com a coleta destes
animais aqui na universidade já encontram muitos destes animais quase mortos e
que acabam morrendo”, ressaltou o professor Edilson.(G1)
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