O
eleitor típico da ex-ministra Marina Silva, provável candidata do PSB à
Presidência, é jovem, bem escolarizado e mora em cidade grande. Na comparação
com a média dos brasileiros, tem renda alta.
Os
dados do Datafolha por segmento mostram os perfis em que cada candidato vai
melhor ou pior. Ajudam a mapear forças e fraquezas dos concorrentes e, nas mãos
dos marqueteiros, acabam servindo para ajustar os discursos e a propaganda
eleitoral.
Feita
imediatamente após a morte de Eduardo Campos, a pesquisa mostra Marina com 21%,
em empate técnico com Aécio Neves (PSDB), 20%. A presidente Dilma Rousseff
lidera com 36%.
Eleitores
com ensino superior formam o grupo em que Marina apresenta sua melhor
performance: 30%, um ponto a menos que Aécio, nove acima de Dilma. O segundo
melhor desempenho de Marina está entre os que vivem em famílias com renda entre
5 e 10 salários mínimos, 29%.
Marina
destaca-se ainda nas cidades grandes e entre aqueles que têm até 24 anos, grupo
no qual marca 28%. "É um público muito parecido com o dos protestos de
junho de 2013, que rejeita os partidos e os políticos que eles identificam como
tradicionais", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.
"Pesquisas
daquela época já mostravam que Marina era a maior beneficiada pelos protestos.
Sem ela candidata, aumentam as taxas de nulo, branco e indecisos", afirma.
Os
dados segmentados da pesquisa também ajudam a entender porque Marina é uma
rival mais perigosa para Dilma no segundo turno. Contra a petista, ela herda
70% dos eleitores que votam em Aécio no primeiro turno. Já o tucano herda 54%
dos eleitores originais de Marina.
Nos
resultados totais, Marina tem 47% contra 43% de Dilma, empate técnico nos
limites máximos da margem de erro, que é de dois pontos. Nessa simulação de
segundo turno, o contraste de perfis fica ainda mais evidente.
Em
vários segmentos Marina vence Dilma com folga. Entre os que têm ensino
superior, por 65% a 24%. Entre os jovens, por 57% a 38%. A vantagem aumenta
conforme crescem a renda e o porte do município. Nas cidades com mais de 500
mil habitantes, Marina ganha por 55% a 35%.
Fonte:
Folha de S. Paulo
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